Monday, June 19, 2006

TRÊS PIRATAS

Três Piratas
Trê-trê-três piratas
Sobre o caixão

Ho hoho hoho
E uma garrafa de rum

Deu tiro deu briga
Saiu confusão
Deu tiro deu briga
Saiu confusão

Ho hoho hoho
E não sobrou nenhum

( colocado a pedidos - autor desconhecido - 19 de junho )

Monday, June 05, 2006

HOTEL GALERIA

Hoje eu fui convidado a tomar um suco com poemas na recepção do hotel mais folhoso de Jaguariúna.

Pense num hotel! Por certo o mais irado de todos os tempos.

Quartos confortáveis, cerveja com castanhas no frigobar e seres humanos incríveis por todos os lados.

Quebrando qualquer protocolo encontro-me sentado na parte de trás do balcão, variando a dieta do computador do hotel. Por hoje não mais reservas, nomes e horários, mas sim Contos do Linha com pitadas de Bob Marley.

A magia que ocorre quando passamos de formigas a humanos.

Temos estabelecidas morte e renascimento. Alguns agradecem ao criador a refeição posta à mesa, mas esquecem de agradecer o dom da fome.

Dom da fome, da angústia e do ardente desejo pelo beijo eterno.

O bailar dos pólos compõe a magnífica sinfonia do universo.

Sem um dos pólos o outro não existiria.

O olho que vê o interior de cada um, o ontem e o amanhã, a fonte da existência infinita.

O olho que vê o olho e a vista.

E nesse baile infinito saltitam Allison, Camila, sua radiante mãe e seus folhosos amigos do Hotel Galeria, dos quais agora faço parte.

Muito obrigado!

5 jun 2006

DEIXA A ABÓBORA ALASTRAR

Não tem como segurar.

Não tem como deter.

Depois que a abóbora começa, não pára mais.

Se podar uma vez, cresce outra vez.

Se podar de novo, cresce em dobro.

Levanta um muro e ela trepa por cima.

A corrente se arrebenta.

A abóbora só obedece à montanha, ao mato, ao rio e ao mar.

Tomba a tromba do bico do homem, que nada tem a fazer.

Se não tem como segurar

DEIXA A ABÓBORA ALASTRAR!
24 maio 2006

O VÔMITO VERBAL

O ser humano vomita palavras.

A todo instante, sem parar.

Às vezes tentamos organizar, separar e catalogar.

Tentamos digerir as palavras

Sem nos dar conta que elas já são, em si, o produto dessa digestão.

A vida do homem escorre no vômito de suas próprias palavras.

Tenha uma boa digestão, meu amigo. É o que esperamos de você.

É aquilo que acontece.

É aquilo que é.

Todos os papéis, as fotos, a posição dos objetos...

Seus documentos, suas cartas, seu lixo de celulose e letras

Fluem de você e em você.

O verbo que escorre.

Vomitado Linha

24 maio 2006

CONTOS DO LINHA

Não sei porque eu escrevo os Contos do Linha.

Só sei por QUEM eu os escrevo.

Não quero nada dos contos.

Ao contrário, os contos é que querem algo de mim.

Querem expor minhas entranhas.

Querem digerir minha carne...

NHAC!

Querem me apanhar como um tubarão

E assim cumprirem o ciclo.

São sabugos do meu ser humano.

São grugumilas.

Sabugos grugumilentos do Linha

24 maio 2006

PERGUNTAS

Por que nós fazemos tantas perguntas?

Por quê?

Onde queremos chegar quando começamos a perguntar as coisas?

Sim ou não? Por que um deles?

Linha?

18 maio 2006

PEGADAS

No tempo da mente

Nos passos da gente

Deixamos pegadas

Folhas daquilo que fomos

Folhas do outrora

Deixamos nas estranhas entranhas

No reentrante do doravante

Eu sou

Minhas próprias pegadas

8 maio 2006

Thursday, June 01, 2006

FODA-SE JUNHO

Foda-se que o tempo passa cada dia mais rápido!

Foda-se que o ano tá voando!

Foda-se que a vida é que nem escorregar no toboágua!

Foda-se que toboágua irado é o cearence Insano!

Foda-se que eu sou Insano!

Linha-se

1 junho 2006