Hoje eu fui convidado a tomar um suco com poemas na recepção do hotel mais folhoso de Jaguariúna.
Pense num hotel! Por certo o mais irado de todos os tempos.
Quartos confortáveis, cerveja com castanhas no frigobar e seres humanos incríveis por todos os lados.
Quebrando qualquer protocolo encontro-me sentado na parte de trás do balcão, variando a dieta do computador do hotel. Por hoje não mais reservas, nomes e horários, mas sim Contos do Linha com pitadas de Bob Marley.
A magia que ocorre quando passamos de formigas a humanos.
Temos estabelecidas morte e renascimento. Alguns agradecem ao criador a refeição posta à mesa, mas esquecem de agradecer o dom da fome.
Dom da fome, da angústia e do ardente desejo pelo beijo eterno.
O bailar dos pólos compõe a magnífica sinfonia do universo.
Sem um dos pólos o outro não existiria.
O olho que vê o interior de cada um, o ontem e o amanhã, a fonte da existência infinita.
O olho que vê o olho e a vista.
E nesse baile infinito saltitam Allison, Camila, sua radiante mãe e seus folhosos amigos do Hotel Galeria, dos quais agora faço parte.
Muito obrigado!
5 jun 2006