Friday, October 27, 2006

VIVER É ESTUDAR

Seu cérebro recebe
Toneladas de informação
Por segundo...
É chibata mesmo!

O cérebro é uma maquininha
Programada pra pensar
Tudo o que ela faz com as informações que recebe
É aprender!
Aprendemos a todo instante!

Tudo aquilo que repetimos com freqüência
Torna-se um hábito, um vício
Como tocar violão

Tais ações recebem
Uma grande quantidade de avaliações
Processo pertinente à aprendizagem
Onde nossa consciência é o juiz

Essas coisas que repetimos são como estudos
Investigações pessoais na experiência objetiva da vida
Com as quais aprendemos

Funcionamos como um canal de comunicação
Que compartilha os resultados de nossos aprendizados

O que você gosta de aprender?
Como é isso que encher-lhe-ia de orgulho
Saber cada vez mais?

Dedica-se a isso!

Aplica-se, antes de mais nada, na tarefa de descobrir
Seus talentos
Pois eles são seu melhor destino
Nessa sua breve visita ao planeta

Desperta suas virtudes adormecidas
E bota elas para trabalhar

Viva seu próprio caminho a pleno coração
Viva sua liberdade
Com agilidade, velocidade e energia

Eterno Linhaluno
27 out 2006

Thursday, October 19, 2006

LINHA DE COERÊNCIA

É de fato uma peleja animal
A débil e inútil tentativa humana
De ser coerente.
Tal hercúlea empreitada
Do tamanho de uma vida
Visa ser hoje aquilo que se foi ontem,
Ou pelo menos ser algo que não vire o passado
Pelo avesso!
Os dias sucedem-se diferentes,
Mas esperamos responder a eles sempre com os mesmos padrões
Coerentes.
O que isso significa? O que é ser coerente?
Seria dar à vida sempre as mesmas respostas?
Seria evitar mudanças a qualquer custo?
Certamente que não...
Mesmo porque sem mudanças não há vida...
Talvez a coerência seja a resposta aos estímulos externos,
Dada pelos nossos mais profundos valores,
De forma direta e sem interferências.
Nesse caso a incoerência seria renegada a alguma probabilidade
Irreal e metafísica,
E assim seríamos sempre obrigatoriamente coerentes.
Tal qual um relógio determinístico,
Nossas ações e intenções estariam sempre em perfeita coerência com o universo.
Viveríamos a expressão coerente de nosso interior sutil.
Isso é bonito, mas ainda não nos diz muito sobre a coerência.
Chegamos invariavelmente à natureza de nossos valores, de nossa moral.
O que diabos priorizamos a cada momento?
Baseados em quê estabelecemos os pontos de apoio
Com os quais desenhamos a Linha de Coerência de nossas vidas?

Linhares de Coerência
18 out 2006

O INSTANTE - 1

Suponhamos uma quantidade gigantesca de
Instantes
Que surgem um após o outro
Em fila indiana.

Suponhamos que dois instantes sejam diferentes entre si
Quando também são diferentes as representações
Tridimensionais
Das posições relativas de todas as partículas do universo
Naquele instante.

Dado o caráter holotrópico das partículas sub-atômicas,
Precisaríamos de uma quantidade infinita
De informação
Para representar um único instante.

O que dizer de uma quantidade gigantesca deles?
Quanto vale um gigante?
Seria a fila indiana infinita?

Onde surgem os instantes? Quem os observa e modela?

A consciência infinita
Criadora e algoz de todos os instantes
É capaz de conceber uma fila de infinitos pedaços infinitos
Algo como o matemático intervalo de números reais.

Não podemos nos prender a débeis modelos mentais
Se quisermos penetrar profundamente no instante.

27 set 2006

OS PILARES DA CONSTRUÇÃO

Colunas de concreto sustentam a grande poesia
Arquitetônica
Que espalha-se qual um câncer grugumilento
Tomando todos os sítios, em todas as direções.
O chão é o papel no qual o homem
Escreve
Seu grande drama de cimento e aço.

Ouço um grito brasileiro
Que ecoa nos corredores distantes
Entoando uma música de domingo.

O som é diferente aos domingos...

Pássaros, crianças e poucos carros
Todos distantes, melancólicos.
São sons virgens, que
Chegam aos nossos ouvidos depois de cruzar
O tempo
Do primeiro domingo até esse de
Agora.

Os prédios e casas
Com seus corredores sustenidos e
Reverberantes salões
Produzem a sinfonia que
Distrai nossos ouvidos entocados
Presos por opção.

Os Linhares da Construção
24 set 2006

O TRABALHO

Por que trabalhamos?
Por que os outros esperam que trabalhemos?
Por que nós mesmos esperamos isso?
Preenchemos nosso tempo nos lançando às mais variadas atividades.
Trabalhamos pelos outros e em benefício deles.
Trabalhamos pelos nossos próprios interesses
Mas em ambos os casos corremos o risco de
Atrapalhar mais do que ajudar.
Corroboramos com o funcionamento da grande
Máquina Humana
Que tanto pode ser boa como ruim.
Difícil definir.
Trabalhamos para justificar e expressar nossa existência
Vazia.
21 set 2006